Oposição anuncia obstrução à reforma da Previdência

O debate em torno do substitutivo do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) iniciou-se, nesta terça-feira (18), e 5 partidos de oposição anunciaram atuação conjunta contra a reforma da Previdência (PEC 6/19), como obstrução na votação do texto e apresentação de destaques para alterar diversos pontos da proposta. Em documento divulgado na terça, PDT, PSB, PT, PSol e PCdoB consideram que tanto a reforma da Previdência encaminhada pelo governo, quanto o relatório apresentado pelo deputado Samuel Moreira atacam direitos dos mais pobres.
molon lider da oposicao coletiva a imprensa
Coletiva de líderes e presidentes de partidos da oposição. Líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ): governo não tem votos suficientes para aprovar reforma | Foto: Luis Macedo | Câmara dos Deputados
Juntos, os 5 partidos têm direito a apresentar 9 destaques na comissão especial e vão decidir isso de forma consensual. As siglas afirmam que o parecer de Moreira continua transferindo para os trabalhadores o ônus da crise econômica. “Os problemas do sistema de Previdência devem ser enfrentados com combate a privilégios, com a retomada da atividade econômica e com a realização de uma profunda reforma tributária”, diz o texto.
Direitos
A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a reforma não vai tirar o País da crise e que diversos direitos previdenciários não estarão mais garantidos.
“Esse discurso de que a nova Previdência vai salvar o Brasil não cola para nós e nem para sociedade brasileira. Ficou no relatório ainda uma grande vantagem para o sistema financeiro que é a possiblidade de privatizar a Previdência do servidor público”, criticou.
Feghali destacou ainda alterações na pensão por morte e no abono salarial dos trabalhadores, entre outros. “A reforma retira a cobertura de vários direitos previdenciários no regime geral”, completou.
Votos
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que há vários partidos de centro que também são contrários à reforma da Previdência.
“Se fossemos apenas 131, não haveria mais de 160 inscritos na comissão para falar contra o texto. A oposição vai além dos partidos que se definem como partidos de oposição, há representantes de vários partidos de centro que não votarão para aprovar esta proposta, quem não tem número é o governo”, afirmou.

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