PRESIDENTA DILMA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DIZ NÃO AOS APELOS DAS CENTRAIS

Sindicalistas da Força, CUT e CTB ocuparam Praça dos Três Poderes.
Prazo para presidente sacionar ou vetar mudança acaba nesta quarta (17)
VIGÍLIA EM BRASÍLIACrédito: Daniel Cardoso

Cerca de 500 sindicalistas, segundo a Polícia Militar, ligados à Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), ocuparam na noite desta terça-feira (16) a Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto.

De acordo com representantes do grupo, o objetivo é “sensibilizar” a presidente Dilma Rousseff para que ela não vete a mudança no cálculo do fator previdenciário aprovada pelo Congresso Nacional. O prazo para a sanção da lei ou veto do texto se encerra nesta quarta (17), e a decisão deve ser publicada até a próxima quinta (18) no “Diário Oficial da União”.

O texto aprovado no Legislativo durante a votação do ajuste fiscal estabelece a chamada “fórmula 85/95”, que permite a aposentadoria integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 (mulheres) ou 95 anos (homens). No entanto, na avaliação do governo, a mudança significa mais despesas e poderá representar um rombo ainda maior na Previdência no longo prazo.

Segundo o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, o objetivo da manifestação é “amolecer o coração” da presidente Dilma para que ela não vete a proposta aprovada pelo Congresso.

“É uma última esperança que estamos depositando, com esta vigília, de amolecer o coração da presidente Dilma. Com tanta maldade que ela fez aos trabalhadores este ano, bem que ela poderia dar este presente aos trabalhadores, que é uma alternativa ao fator previdenciário, porque [a fórmula 85/95] nasceu dentro do governo Lula, foi discutida com as centrais sindicais. Então a ideia é sensibilizar e torcer que vençamos esta batalha”, disse Torres ao G1.

Nesta segunda (15), o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, afirmou que a proposta, conforme foi aprovada no Congresso, “inviabiliza” a Previdência pois, segundo explicou, reduziria em R$ 12 bilhões os gastos da União até 2018, mas os aumentaria em cerca de R$ 3,2 trilhões até 2060.

A Força Sindical informou que o grupo pretende permanecer na praça em frente ao Palácio do Planalto até a manhã desta quarta. Segundo os organizadores, ao longo da noite será servido cachorro quente com pão, salsicha, molho de tomate, milho e batata palha. Porém, ambulantes vendiam espetinho a R$ 5 e refrigerante, a R$ 4.

A Polícia Militar acompanhava a manifestação desde o início. Grades de ferro foram colocadas entre a praça e a rampa de acesso ao Palácio do Planalto. Na área interna do palácio, militares do Exército faziam a segurança e somente funcionários da Presidência e pessoas credenciadas podiam ter acesso ao local.

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