Trabalho informal entre jovens em alta, diz OIT


Crédito: Divulgaçãio
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) vê indícios de que o trabalho informal, e sem proteção social, entre os jovens, está voltando a subir no Brasil, Argentina e Africa do Sul, numa reversão de tendência.
A entidade divulgou ontem em Genebra a exposição de seu diretor-geral, Guy Rider, aos ministros de comércio do G-20 (maiores economias do mundo) no fim de semana em Xangai (China), quando destacou a repercussão do persistente lento crescimento, desigualdade de renda e a insegurança no mercado de trabalho sobre a demanda global.
Para Rider, esses fatores podem provocar nas empresas um círculo vicioso de expectativas comerciais ruins de crescimento do mercado, escassez de investimentos, expansão deficiente e recuperação insuficiente no mercado de trabalho.
Como exemplo, ele disse que o crescimento médio do PIB mundial, em torno de 3,8% no periodo de recuperação da crise de 2008, caiu para 3,1% em 2015 e não se espera melhoras para 2016 e 2017.
Ele destacou o aumento de jovens que não trabalham, não estudam e nem recebem formação, com algumas exceções, na maioria dos paises do G-20. As taxas de desemprego variam de 30% na Turquia, Índia e África do Sul, enquanto alguns paises conseguiram reduzi-la a menos de 10%, como a Alemanha e o Japão.
"Embora a maioria das economias emergentes tenha conseguido rebaixar a incidência a longo prazo da informalidade entre jovens, há indícios de estagnação [Indonésia], e inclusive de mudança de tendência [Argentina, Brasil e Africa do Sul]", diz Ryder.

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