28 de Abril – Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho


-Acidentes de trabalho causam mais mortes do que qualquer conflito bélico.

-Dois milhões mortes por ano.

Há mais 50 anos, os trabalhadores e trabalhadoras de vários países escolheram o 28 de abril para reverenciar as vítimas de acidentes e doenças do trabalho, e para lutar por melhores condições e ambientes de trabalho. Nesta mesma data, em 1969, uma explosão de uma mina nos Estados Unidos matou 78 trabalhadores. A tragédia levou os sindicalistas a lutar para que a data não fosse esquecida e para que acidentes semelhantes fossem evitados.


Entre 2012 e 2018, mais de 17 mil trabalhadores sofreram acidentes fatais no Brasil, com taxa de mortalidade de seis ocorrências a cada 100 mil trabalhadores empregados no mercado de trabalho formal. Todos os anos, cerca de 3.500 famílias perdem seu provedor ou provedora em razão de más condições de segurança e saúde no trabalho. 


No mesmo intervalo, foram registrados 4,5 milhões de acidentes e doenças que vitimaram trabalhadores e trabalhadoras no Brasil, com um gasto previdenciário de aproximadamente R$ 80 bilhões somente com despesas acidentárias e cerca de 350 milhões de dias de trabalho perdidos.


Registre-se que o Brasil teve em 25 de janeiro de 2019, o “maior acidente de trabalho” de sua história, em Brumadinho/MG. 272: Duzentos e setenta e dois trabalhadores e trabalhadoras vitimados neste acidente ampliado, contaminando rios, afluentes, terras, inviabilizando a vida das pessoas e destruindo os ecossistemas. 


COVID: Antes da pandemia do novo coronavírus o Brasil ocupava o quarto lugar no ranking das nações que mais registravam mortes durante atividades laborais. Entre os países do G20, o Brasil ocupa a segunda colocação em mortalidade no trabalho, apenas atrás do México.


Na pandemia esse cenário se amplia assustadoramente; com o coronavírus, unida à política negacionistas do executivo, consideramos a covid-19 como a “maior causa de adoecimentos e mortes relacionadas ao trabalho no país”.


Até o presente momento o país registra mais de 30 milhões de casos e mais de 662 mil vidas ceifadas, que em sua maioria poderia ter sido evitada se não fosse às inúmeras falhas no enfrentamento a pandemia e o estímulo por parte do presidente da república a falta de adesão às medidas sanitárias e a vacinação tão necessária para contenção do vírus e a proteção da vida da população que tanto necessita.  


A Covid-19 escancarou as precárias e inseguras condições de trabalho que levou ao adoecimento e morte de milhares de trabalhadores e trabalhadoras expostos (as) ao vírus nos transportes e nos locais de trabalho pela falta de medidas de proteção individual e coletiva.


Todo nosso respeito e nossa homenagem em Memória daqueles que morreram para produzir riqueza e prosperidade, e que na maioria das vezes nunca desfrutaram do que até com a morte produziram!


Basta de mortes no trabalho!


TRABALHAR SIM; SOFRER NÃO!



Cleonice Caetano Souza

Secretária Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho

www.ugt.org.br

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