Greve geral contra reformas no dia 30 perde força. NO INFORMATIVO DA FORÇA SINDICAL

Greve geral marcada por centrais sindicais e movimentos populares para o dia 30, em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista e contra o governo Michel Temer perde apoio entre as entidades sindicais.
A Força Sindical e o Sindicato dos Motoristas de São Paulo defenderam ontem o adiamento da mobilização.

Nas greves gerais anteriores, em março e abril, a adesão do Sindicato dos Motoristas de ônibus de São Paulo foi essencial para ampliar o impacto da paralisação. Desta vez, o presidente do sindicato, José Valdevan de Jesus Santos, o Noventa, disse que a entidade não participará e afirmou que tentou desarticular a paralisação. "Não vamos fazer greve só por fazer. Neste momento, a greve geral não tem a aceitação da maioria dos trabalhadores. Cerca de 60% não participará", afirmou Noventa.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou que as centrais deveriam "guardar a greve geral para perto da votação da reforma da Previdência". "Se a greve for agora, deve ser menor do que a de 28 de abril", disse Juruna, sobre a paralisação que foi considerada pelas centrais como a "maior da história". "Ouvimos os sindicatos e a tendência é guardar a greve geral como um trunfo", reforçou.

Juruna disse que o foco da Força Sindical é a reforma da Previdência. "Nossa ideia é negociar com o presidente Temer. Se perdermos no Senado, podemos pedir ao presidente alguns vetos ou a edição de medida provisória", afirmou. "Queremos ser pragmáticos. Se perdermos, vamos negociar com Temer."

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, disse que a paralisação está mantida, mesmo se a Força Sindical não aderir. "Temos que pressionar e fazer a greve", disse Freitas. "Não importa se será uma greve maior ou menor do que a de 28 de abril", afirmou. O presidente da UGT, Ricardo Patah, afirmou que a central participará do protesto no dia 30, mesmo com a decisão do sindicato dos motoristas de ônibus, que é filiado à entidade, de não aderir ao ato. Patah, no entanto, disse que será uma "mobilização" dos trabalhadores e não uma greve geral.

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