Dia histórico em defesa da democracia do Brasil


 Nesta quinta-feira (11), aconteceu a leitura da Carta em defesa da Democracia, num evento organizado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco. O instrumento organizado por juristas já reúne 950 mil.

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) participou do evento que reuniu representantes da sociedade civil num ato, pacífico, que teve como foco exaltar o estado democrático de direito, que tem como uma das premissas reconhecer a lisura do processo eleitoral brasileiro e aceitar o resultado das urnas como vontade soberana da população.

Canindé Pegado, secretário geral da UGT falou em nome da central e ressaltou que o momento tem sua importância histórica diante do atual cenário político e social que o Brasil vive, enfatizando que é preciso respeitar este processo, como ferramenta que só é possível ser feita num estado democr


ático. "Não é um bilhete ou uma cartinha, como alguém insinua. Respeitem esta carta!".

José Gonzaga da Cruz, vice-presidente do Sindicato dos Comerciários de SP, entidade filiada a UGT, ressaltou que este é um dia histórico para a democracia do Brasil com a leitura deste documento justamente no dia em que se completa 195 anos dos cursos de direito no País. “Este evento é um sopro da democracia, para mostrar que esta ‘cartinha’, como dizem, em menos de 15 dias que foi lançada já tem quase 1 milhão de assinaturas para mostrar para esse facínora, que governa o país, que a população não está de acordo com as mazelas que ele vem praticando”.

Segundo Marcos Afonso de Oliveira estamos vivendo um momento muito importante com ameaça de golpismo, volta do autoritarismo, então a sociedade civil organizada por meio de entidades sindicais e de classe estão num processo de resistência a tudo o que está sendo proposto pelo atual governo.

O ato reuniu dirigentes sindicais, de movimentos sociais e representantes da sociedade civil numa defesa aberta ao estado democrático de direito, as liberdades individuais, contra o retrocesso da ditadura e do autoritarismo.

Participaram do ato juristas de renome como Miguel Reale Júnior, José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça e orador da Carta aos Brasileiros de 1977, Oscar Vilhena, o economista Armínio Fraga e tantos outros que, neste dia frio e chuvoso de São Paulo, novamente fizeram história.

Entre os nomes de peso, que estiveram no ato, Almino Afonso, Ministro do Trabalho de João Goulart que não pode comparecer ao ato em 1977, mas não deixou de se fazer presente neste ato de 2022. “Contribui enormemente com a criação da carta em 77, tivemos uma vitória naquele período, lutando contra a ditadura, muitos foram mortos e torturados, o país ficou sufocado por 20 anos e apesar disso estão tentando criar inquietações agora. Esta é uma manifestação que diz que não aceitamos nada que interrompa a grandeza da nossa democracia”.

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