Atlas Político: rejeição de Bolsonaro vai a 62%; Lula, Mandetta, Ciro, Haddad e Doria ganhariam no 2º turno

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A gestão da pandemia e as suspeitas e indícios de corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19 mantêm o desgaste político do presidente Jair Bolsonaro, revela pesquisa da Atlas Político. A verificação foi realizada entre as últimas segunda-feira (26) e quinta-feira (29) de julho.

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Assim, segundo a pesquisa, se as eleições fossem hoje, o presidente perderia para os principais adversários dele no segundo turno, incluindo o governador de São Paulo João Doria (PSDB-SP), empatado tecnicamente com Bolsonaro, mas com viés de vantagem.

Grosso modo, ainda segundo a pesquisa, de cada dez brasileiros, seis rejeitam o presidente da República. A situação de Bolsonaro está ficando cada vez pior em se tratando de eleições.

A pesquisa mostra o que outras vêm expondo desde maio, quando a CPI da Covid-19 revelou, com dados e fatos, as responsabilidades do presidente da República no modo desmantelado com que Bolsonaro gestionou sobre a pandemia do novo coronavírus.

João Doria
Doria venceria com resultado de 40,6% a 38,1% do presidente. Como a pesquisa tem 2 pontos porcentuais de margem de erro para cima ou para baixo, eles ainda estão empatados, mas é a primeira vez que o governador paulista aparece no páreo para se eleger.

Em maio, Doria ficava 6,1% atrás de Bolsonaro na simulação de segundo turno.

Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou a vantagem sobre Bolsonaro em comparação à pesquisa anterior e venceria por 49,2% contra 38,1%, num eventual segundo turno, num cenário com 12,8% de votos nulos ou brancos. Menor percentual histórico, desde as eleições de 1989.

Em maio, a vantagem de Lula era de 4,7% sobre o presidente. “A tendência é de fortalecimento de Lula”, disse o cientista político Andrei Roman, CEO do Atlas. “Desde o início do ano, Lula vem numa trajetória constante de crescimento”, completou.

Ciro Gomes
Ciro Gomes também (43,1% a 37,7%), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (42,9% a 37,5%), e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (41,9% a 38,4%) ampliaram a preferência, e poderiam frustrar o sonho da reeleição do presidente em 2022.

Pela pesquisa, Bolsonaro tornou-se uma espécie de “aleijão” político. Qualquer dos postulantes, até mesmo aqueles que não o ameaçavam, agora lhe superam, com relativa facilidade.

Inimigo imaginário
O levantamento confirma o momento de baixa de Bolsonaro, enquanto ele intensifica a campanha contra o sistema eleitoral eletrônico, mesmo sem ter provas para sustentar o que afirma, como mostrou a “live” dele na última quinta-feira (29). Momento constrangedor.

Segundo a Atlas Político, a rejeição ao presidente subiu e chegou a 62% neste final de julho, contra 36% de aprovação. Trata-se de alta de 5 pontos porcentuais em relação a maio, quando a CPI da Covid-19 no Senado começou.

A CPI apontou irregularidades em contratos de compra de vacinas, como a indiana Covaxin, e suspeitas de pedidos de propina em outras negociações que atingem inclusive militares da ativa e da reserva que ocupavam cargos no Ministério da Saúde.

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