UGT participa de reunião para discutir aplicativos com secretário adjunto do Ministério do Trabalho dos EUA

Sindicalistas e dirigentes da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da CUT, participaram, na manhã de sexta-feira (31/03), de uma reunião com a presença de representantes do Ministério do Trabalho Americano e da embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

O encontro, que contou com a presença de representantes de trabalhadores de plataforma e da indústria de manufatura, teve por objetivo garantir que os representantes americanos tenham uma perspectiva mais clara dos desafios e oportunidades que os setores identificam, assim como as oportunidades de trabalho conjunto.

O encontro com Mark Mittelhauser, Subsecretário Adjunto de Relações Exteriores do Ministério do Trabalho dos EUA, aconteceu no Escritório do Solidarity Center.

A visita de Mark ao Brasil acontece em um momento em que o país, a partir das eleições de outubro de 2022, adota uma postura política progressista, o que propicia o fortalecimento de organizações de trabalhadores independentes e democráticas no setor da indústria de transformação e da economia de plataforma, a partir do projeto financiado pelo Gabinete de Assuntos Trabalhistas Internacionais (ILAB) e implementado pelo Solidarity Center, que contou com o apoio da sua organização no processo de submissão.

Ricardo Patah, presidente da UGT, relatou que os aplicativos no Brasil adoram um regime de semiescravidão, com jornadas de trabalho excessiva, sem qualquer proteção e burlando a legislação trabalhista, inclusive negando recolhimento previdenciário aos (as) trabalhadores (as).

Gilberto Almeida dos Santos, o Gil, presidente do Sindicato dos Motoboys de São Paulo (SindimotoSP), o maior sindicato da categoria no Brasil, afirmou que as empresas de plataforma praticam dumping social no país e se apresentam como empresa de tecnologia, mas na verdade são empresas de moto frete, que fogem das suas obrigações e desmontam todo um setor com essa "justificativa".

O presidente do SindimotoSP reafirmou que a atuação dessas empresas no País desmontou um setor que antes era organizado.

Gil defendeu o vínculo empregatício e acusou as empresas de promoverem campanha na internet buscando "alienar" o trabalhador, fortalecendo a mentalidade de que o vínculo empregatício é que escraviza e que ser autônomo é ser empreendedor “é a verdadeira liberdade”.



Comentários

Postagens mais visitadas